Confundem flexibilização com banalização, afirma infectologista após aglomerações no Sul de MG

Os registros de aglomerações em várias cidades do Sul de Minas no último fim de semana acenderam um alerta sobre o comportamento que pode colaborar para novos casos de Covid-19. Para o infectologista Carlos Starling, o problema está nas atitudes das pessoas diante das flexibilizações que acontecem em várias cidades.
“É o que temos visto na maior parte do país e isso não é adequado, você flexibiliza e as pessoas entendem que você banaliza o cuidado”. São Tomé das Letras, uma das únicas 10 cidades mineiras sem casos de coronavírus, apesar de manter a cidade fechada para turistas, teve aglomerações em cachoeiras no fim de semana. Neste caso, a situação pode ser ainda mais séria.
Um levantamento aponta que a pandemia do novo coronavírus desacelerou nos últimos 15 dias em 82 das 163 cidades. No entanto, para o infectologista, a preocupação é com uma possível volta da tendência de alta.
Para o profissional, apesar de estarem em diversas etapas de desenvolvimento, as vacinas não podem ser a única aposta contra o coronavírus. “As vacinas devem ajudar muito, mas ainda são uma promessa. O que nós temos neste momento é o distanciamento social e um dos pontos mais importante é o uso de máscaras, que fazem o volume de vírus transmitido de uma pessoa pra outra seja muito pequeno. Por menos efetivo que as máscaras podem parecer, por mais errado que estejam usando as máscaras, elas ainda funcionam como um filtro. A pessoa deve desenvolver quadros clínicos mais brandos, porque essa doença depende de carga viral para quadros clínicos mais graves”.

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