População está mais desinteressada nas eleições este ano, apontam especialistas

É inegável que 2020 é um ano atípico para a maioria dos brasileiros, principalmente por causa da pandemia de coronavírus. Por causa disso, diversos eventos foram afetados e, apesar de apenas terem sido adiadas, já que ocorreriam em outubro, não em novembro, as eleições municipais não ficaram de fora.

Normas sanitárias impostas pelas autoridades contra aglomerações, por exemplo, prejudicaram comícios, passeatas pelas ruas e visita a domicílio, o famoso "tete a tete", práticas adotadas há anos pelos candidatos e que precisaram ser deixadas de lado esse ano. Com isso, o interesse pelo pleito também ficou em segundo plano.

Segundo o cientista político e professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e do Ibmec, Adriano Cerqueira, é visível que as eleições em 2020 estão mais "frias" e deverão ter muitas ausências se comparadas a anos anteriores. "Esse ano, a eleição municipal deve ter um baixo comparecimento do eleitorado, porque ele está muito desmotivado, sem cabeça para eleição e muito preocupado com a pandemia", disse.

A pandemia restringiu muito a campanha de rua. Isso fez com que os atos presenciais ficassem cada vez menos perceptíveis pela cidade. Além disso, muitos veículos cancelaram os debates para evitar aglomerações. Naturalmente para as pessoas que eram acostumadas com grandes ações presenciais, entrevistas e debates, a campanha eleitoral de 2020 está muito diferente. Por outro lado, nas redes sociais, a propaganda eleitoral ficou mais intensa. Sendo a primeira eleição municipal da história com o impulsionamento permitido, boa parte da verba que seria investida na campanha de rua foi para o digital.

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