O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), falou quarta-feira, 22 de setembro, sobre a crise hídrica no Estado.

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), falou quarta-feira, 22 de setembro, sobre a crise hídrica no Estado.

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), falou quarta-feira, 22 de setembro, sobre a crise hídrica no Estado, que, segundo ele, pode se somar também a uma crise energética. Zema afirmou que a qualquer momento regiões de Minas podem ficar sem energia.
A declaração foi dada durante evento de abertura ao processo de tombamento histórico dos Lagos de Furnas e Peixoto, na região Centro-Oeste de Minas. A fala do chefe do Estado vem um dia após o governo, por meio do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), admitir pela primeira vez neste ano o racionamento de água em Minas.
“Nós estamos vivendo um momento de escassez de chuvas, consequentemente uma crise hídrica que está desdobrando para se tornar uma crise energética. Tenho acompanhado muito de perto a situação, a qualquer momento nós corremos risco de ter algumas regiões desabastecidas por energia elétrica. Nosso sistema está operando no limite, apesar de todas as usinas termoelétricas estarem funcionando”, declarou Zema.
Ele ainda falou que o problema não se resolve a curto prazo. “É um problema que se resolve de hoje para o ano que vem? Não. É um problema que deveria ter sido resolvido há 10, 15, 20 anos atrás. Temos visto nos noticiários os reservatórios de Belo Monte e Santo Antônio produzirem apenas 3, 4% da capacidade porque quando foram construídos não foi permitida a construção de um lago, então hoje nós temos termoelétricas altamente poluidoras, caras e que penalizam o consumidor. Se tivesse essas duas grandes usinas produzindo a energia que elas produzem em época de rio cheio muito provavelmente os nossos reservatórios teriam sido poupados.”
O governador disse que está tentando resolver a situação em Brasília, porém ainda sem sucesso. “Quero deixar claro que já fui inúmeras vezes à Brasília para tratar do tema, não foi esse mês, nem no mês passado, é desde o início do meu mandato. Tratei com ministro, tratei com a ANA (Agência Nacional das Águas), tratei com a ANEEL, com o Operador Nacional do Sistema e continuamos tratando. Infelizmente não tivemos até o momento sucesso, me parece que um tanto desse problema depende de um planejamento, de ações que vão se refletir em cinco, dez anos, e também de um pouco de chuva.”
 
 
 
 
 
 
 
 

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