Pesquisa desenvolvida no Cefet de Nepomuceno pode salvar vidas

O rompimento da barragem de minérios em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é o primeiro de grandes proporções desde o desastre que deixou 19 mortes em Mariana, também na mesma região, há três anos. O desastre foi o sétimo a atingir Minas Gerais em apenas 13 anos, uma média superior a um rompimento de barragem a cada dois anos (1,85 ano).
O que fazer para evitar estas tragédias levou um professor e dois estudantes do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica), campus de Nepomuceno, a desenvolverem uma pesquisa de um sistema de alerta que capta vibrações antes da ruptura das barragens.
O equipamento foi desenvolvido pelo professor Israel Teodoro e pelos estudantes Taciane Fátima Pereira e Lucas Mendes Amaral, dos cursos técnicos em Eletrotécnica e Mecatrônica. O sistema deve ser instalado na estrutura da barragem para captar quaisquer vibrações que possam ser sinais de ruptura.
Os alertas visuais e sonoros são dados independentemente de operadores, o que diferencia o sistema desenvolvido pelos estudantes de vários modelos existentes no mercado, como explica o professor Israel: "e um sistema robusto e de baixo custo, que pode ser instalado e gerenciado pela comunidade local. Ele é capaz de monitorar oito pontos de deformação ou umidade simultaneamente e emitir diagnóstico instantâneo".
Os alertas sonoros são dados por meio de sirenes que, juntamente com displays instados em praças, informam sobre o estado da barragem e sinalizam a emergência. "Uma proposta futura seria inserir um alerta em mensagem de áudio gravada", acrescenta Israel.
Instalado em um modelo de cidade em escala, o circuito elétrico em funcionamento pode ser visto até sexta-feira, dia 13, durante a Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações (META) no Cefet-MG campus Nepomuceno.

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