Além da Mongólia, peste negra mata 6 no Congo; Nos EUA, vítimas são pumas

Além da Mongólia, peste negra mata 6 no Congo. Nos EUA as vítimas são pumas. Autoridades de saúde registram 31 casos em humanos até esse início de julho e trabalham com contenção da doença.
Apesar do isolamento imposto na região de Khovd, na Mongólia, após o registro de dois casos de peste bubônica, este ano, é o Congo que tem mais sofrido com a doença no mundo. Até o último boletim emitido pela Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas, a ProMed, na semana passada, um total de 29 casos foram confirmados no país, que já registra 6 mortos até então. Os casos todos foram verificados na região de Djugu e se espalhou para um total de 10 vilas. Os auxílios de saúde internacionais alegam que o controle e verificação real da doença é prejudicado pela presença de milícias na área, que impedem a locomoção livre de profissionais. Diversas mortes de ratos nas redondezas dos locais onde a doença foi confirmada indicam que, sem intervenções, a situação de disseminação da doença pode piorar em breve.
Apesar da crença coletiva que o mundo se livrou da peste bubônica, também conhecida como peste negra por ser capaz de matar dentro de 24h, autoridades de saúde vêm lidando com a doença ano após ano com protocolos de isolamento e tratamento rápidos, como o registrado essa semana na Mongólia, onde dois casos foram confirmados.
Mesmo em países desenvolvidos como os Estados Unidos, a doença ainda se manifesta. O contágio é raro e sempre se dá pela interação com animais. A doença foi registrada nos Estados Unidos em 2020, mas em pumas, também conhecidos como leões da montanha do estado de Wyoming. De 28 felinos testados, 12 carregavam a doença.
Diferentemente do que foi registrado na Idade Média, quando a peste dizimou cerca de 50 milhões de vidas, a doença atualmente é controlada e uma nova epidemia é completamente improvável. Entre 2010 e 2015, segundo a própria Organização Mundial de Saúde, foram registrados 3.248 casos da doença, com 584 mortes confirmadas. A doença ainda é considerada endêmica no Congo, Madagascar e no Peru, sempre associada à manipulação ou interações com animais, especialmente roedores - em outras palavras, não há motivos para preocupação excessiva em nível global.

FONTE: Correio Braziliense

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