Estamos vivendo uma estiagem que já está sendo considerada a maior dos últimos 91 anos, a falta de água já afeta a geração de energia elétrica e o abastecimento do preço líquido nas residências. Com a chegada da primavera a previsão do quadro climático é que a estação trará chuvas mais concentradas no oeste da região norte do país, no leste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e em uma parte do Nordeste, o que indica uma continuidade da crise de água onde se manifesta com intensidade em Minas Gerais, Goiás, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, além de uma pequena parte de Santa Catarina.
A recuperação dos reservatórios das hidrelétricas deve demorar ou mesmo não ocorrer neste ano. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Climatempo apontaram que setembro terminaria com chuvas abaixo da média, isso nem ocorreu, pois sequer choveu em grande parte dos estados afetados.
A primavera chegou e as chuvas não vieram. Isso representaria um alívio para a maior crise hídrica em mais de nove décadas no Brasil. De acordo com Inmet, a "estação das flores" será marcada por precipitações irregulares nas principais áreas de produção agropecuária do país, sendo que algumas delas podem registrar chuvas abaixo da média histórica. Por outro lado, os termômetros deverão começar a subir a partir de outubro, para piorar a situação de um cenário assustador, existe a possibilidade de "apagão" por problemas na geração de energia elétrica.
A falta de água em Lavras já pode ser sentida com a diminuição do abastecimento da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que reduziu o horário de distribuição da água para as residências. Durante o dia a Copasa abastece seus depósitos d'água e, à noite, libera para as residências. A falta de água jé é uma realiade em Lavras.
O rio Grande, principal manancial de abastecimento de Lavras, está com seu nível muito abaixo em relação a outras estiagens de anos anteriores. Só não estamos totalmente sem água porque a Copasa estendeu a unidade captadora mais para o meio do rio, trabalho este que foi realizado antes do início da que já está sendo considerada a maior crise hídrica dos últimos 91 anos.