NANOTECNOLOGIA USADA PARA NOVAS EMBALAGENS

Um projeto de doutorado da Universidade Federal de Lavras (MG), que usa a nanotecnologia, desenvolveu uma embalagem que retarda o amadurecimento dos alimentos e ainda muda de cor quando o produto fica impróprio para o consumo.
A nanotecnologia, que permite o desenvolvimento desses produtos, trabalha com materiais tão pequenos que a gente não enxerga a olho nu. É preciso trabalhar com microscópios potentes. E esses materiais em processos de laboratórios se tornam uma fibra.
O processo para criar essas embalagens se chama fiação por sopro. "A gente tem um compressor de ar, uma linha de ar comprimido sem umidade e uma solução de polímero, ou seja, imagine um isopor que foi dissolvido e virou líquido e esse ar comprimido vai incidir direto nessa solução e vai fazer o estiramento", disse o engenheiro de alimentos, Kelvin Miranda.
Depois de prontas, as nanofibras são úteis para várias aplicações. Além de mudar de cor, podem virar sachês com absorvedores de umidade e de etileno, o hormônio de amadurecimento dos frutos. Com essa embalagem, um fruto ou hortaliça vai demorar mais para amadurecer. Uma embalagem dessas no mercado, além de facilitar o dia a dia, pode ainda beneficiar a economia e a saúde.
Para chegar até esses produtos, foram 2 anos de pesquisa no doutorado de Engenharia de Biomateriais da Universidade Federal de Lavras. A tecnologia está pronta e para chegar até o consumidor, nas prateleiras, falta investimento.

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