Pesquisa da Ufla, apoiada pela Fapemig, atesta a remoção de microcontaminantes do esgoto

Todos os dias, apesar de existirem estações de tratamento de esgoto instaladas em várias cidades, inclusive Nepomuceno, milhões de substâncias provenientes de produtos de limpeza, higiene pessoal, produção têxtil ou do próprio corpo humano - conhecidas como micro contaminantes - são lançadas nos cursos d'água, poluindo os rios e podendo ocasionar doenças ou danos à saúde.
Como alternativa para romper este ciclo, a Universidade Federal de Lavras (Ufla) instalou uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que tem como objetivo a remoção destes micro contaminantes no ambiente. Isso posto, e para validar este processo, pesquisadores apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) realizaram testes para avaliar a viabilidade desta estação na remoção de tais impurezas.
Durante nove meses, os pesquisadores monitoraram essa ETE, composta por um sistema de tratamento biológico combinado com reatores anaeróbicos e aeróbicos, seguido de cloração e desinfecção ultravioleta, para potencializar a capacidade da estação em remover também os micro contaminantes, evitar a contaminação do ribeirão e consequentemente dos rios.
O resultado foi que a ETE da Ufla removeu completamente micro contaminantes. Além de satisfatória, a pesquisa constatou a viabilidade do processo, o que possibilita que outras instituições e cidades possam utilizar a ETE da Ufla como modelo para alcançar níveis de remoção de compostos tanto tradicionais como de micro contaminantes. Uma alternativa para que, no futuro, os rios contaminados com estes poluentes fiquem livres de qualquer agente químico.

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