Maior risco de feminicídio faz PM ampliar visitas a mulheres

Embora o número de feminicídios tenha caído 5,9% no primeiro semestre deste ano comparado com o mesmo período do ano passado, em Minas Gerais, saindo de 211 para 190, os dados não indicam redução de violência contra as mulheres. Tanto que o número de visitas preventivas feitas pela Polícia Militar nos casos de maior risco de morte subiu 17,8%, passando de 8.609 para 10.144 só em Belo Horizonte, conforme dados da 1ª Companhia Independente de Prevenção à Violência Doméstica em BH.
Essas ações salvam vidas de mulheres que têm condições de realizar as denúncias, o que, infelizmente, não acontece em todos os casos. Com os agressores em casa, e sem ter para onde ir em caso de rompimento, muitas têm sofrido caladas, segundo o juiz titular do 2º Juizado de Violência Doméstica de Belo Horizonte, Marcelo Gonçalves de Paula.
O resultado desse silêncio é estatístico. “A redução da violência doméstica nos registros oficiais na pandemia é um fenômeno mundial. E os feminicídios têm se reduzido porque a principal causa desses assassinatos é o fim dos relacionamentos. Mas, sem alternativas durante essa crise toda, as mulheres estão adiando o término e sobrevivido”, diz o juiz.
História diferente daquela da mulher de Adílio Sérgio Gomes, 40, candidato a vereador em Bandeira do Sul, no Sul de Minas, pelo PSDB. Ele matou a companheira a facadas depois de um desentendimento por causa de uma porta de geladeira aberta, no domingo. A Polícia Militar ainda procura pelo suspeito do crime, que está foragido desde o homicídio.

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