Cafeicultores veêm atrasos e perdas devido ao coronavírus

Cafeicultores veem atrasos e perdas devido ao coronavírus. A pandemia já matou mais de 250 mil pessoas e impactou severamente a produção de alimentos em todo o mundo. Plantas de processamento de carne onde surtos do vírus foram registrados estão fechadas, caminhoneiros reduziram o ritmo de entregas por medo de infecção e fazendeiros estão destruindo plantações que não terão como ser levadas até os consumidores.
A colheita é a etapa mais intensiva em mão de obra na produção de café. A Colômbia e o Brasil, que produzem 65% do café arábica do mundo, uma variedade "premium", precisarão de 1,25 milhões de pessoas para os trabalhos, segundo associações de produtores. Esses países, junto com Peru e Equador, dependem de empregados temporários para o trabalho em campo.
Mas produtores, negociantes de café e importadores nos principais países consumidores estão preocupados porque o vírus ainda não chegou ao pico nem no Brasil e nem na Colômbia, o que faz da reunião de trabalhadores para a colheita um potencial risco de piora na epidemia.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, tem minimizado os riscos do vírus, criticando restrições à movimentação na região e pressionando pela reabertura de negócios mesmo com o país já registrando mais de 135 mil casos e mais de 10 mil mortes, os piores números para um país emergente.
Em Nepomuceno foi publicado um decreto regulamentando os trabalhos na safra de café.

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